sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Amazonense

Posso ouvir um ruído, um ruído de águas, águas que retumbam
Posso sentir chegando, ele vem cantando aos meus ouvidos como as águas que banham o estado
Posso ouvir este canto que encanta meu coração, este é o canto do Amazonas, pra muitas vidas seu pulmão
Ele vem com o alvorecer fazendo nascer, crescer em mim a esperança
Ele vem chegando e com o tempo brinca, Amazonas ainda tão criança

Nascido no coração de Deus o Pai Criador, tomado em decisão quando em suas mãos a luta Ele aceitou e disse “pra sempre”.
Em virtude a igualdade, a união das dores, da cor, do sexo e da raça
Nascido onde o sol se põe e brilha ilustrando o grande Rio Negro
Em suas curvas a decisão da vida com dificuldade na escassez
Fazendo refém povos e a todos que de mais precisam, que por ti buscam mais esta vez
Amazonas terra livre de insônia, vida tranquila com seus segredos na boca de seu pai Rio

Pai Amazonas e eu filho teu, vivo o que tu de coração aberto me deu
Em meio à batalha de sangue, gotas que se deságuam em suas mãos brancas e negras mostrando a dor da perda
Em busca das pedras de ouro, edificadas e em moradias transformadas
Na caçada pelo mais, na ansiedade de força pra ter paz
Na descida, na subida, com a garra e punho de ferro se achou e em nova vida transformou

Nasceu o Amazonas, o berço, leito que amamenta uma grande nação, há maior conquista estar na solidariedade de seu coração
Antes a cara das mulheres guerreiras envolvidas em seus costumes e tradição, compungidas em conquistar na força de sua mão
Deus planejou, traçou em linhas tortas e suaves, pro Amazonas mais do que vida, nada de passagem. E hoje veja onde estamos!
Recebendo de muitos, abrigando a todos, lhes dando do seu melhor, fazendo todo o esforço, não quer ver nenhum de seus filhos na pior
Pode ser paraense, maranhense, carioca ou paulista, de onde quer que seja, será pra sempre Amazonense, mesmo que se perca de vista

Por trás de tanta natureza se esconde muito mais do que se imagina, movidos pelo ritmo do coração uma grande civilização
Seja no ritmo do bumba, o que nos leva a dançar
Seja na oração que se forma nos céus ao unir das mãos de uma criança
Aqui não vemos a diferença, não há separação, nem fronteiras, de mãos dadas vencemos e nos constituímos mais, transformando nossos sonhos em casos reais

Amazonas é o nome, cujo dado por um sentimento de igualdade onde houve a guerra, a luta a perseverança, em muitos rostos a viva esperança
É o que sou, filho da nascente, nascido do rio que banha o estado, da água que cobre por todos os lados
É o que serei eternamente, filho do Amazonas, isso me faz mais gente, do Brasil a todo o lugar onde a minha voz poder alcançar
Prometo não parar, em nenhum momento me cansar, viverei a vida como ela merece ser vivida

A cada instante mais um amazonense cria forças para o ventre romper e sair. Ser amazonense é tão lindo.
Mesmo que de Parintins ou de Coari, que venha de Tefé ou Iranduba, Manacapuru ou de Itacoatiara, de qualquer município, comigo carregarei a história do Amazonas, história rara
Isso é o que sou, pra sempre, eternamente, por toda minha vida, redondamente, com muito orgulho, não indiferente, mas um Amazonense

- Amazonense foi concebido na ânsia de mostrar a tão rica história da descoberta do estado do Amazonas, desde a partida até o primeiro contato corpo-a-corpo.

- Trabalhei na criação deste poema para que pode-se com ele participar do 26º Concurso de Poesia Falada de Itacoatiara, um dos concursos promovidos pelo Festival de Canção de Itacoatiara (FECANI), que visa promover é estimular a cultura é a arte nacional e regional. O Sr. Patrono se inscreveu para concorrer com dois poemas de sua autoria “Amazonense e Um Sonho”, onde teve uma de suas obras classificas, “Um Sonho” foi contemplado a concorrer no 26º CONPOFAI.

Maikon R. Costa de Assis
Sr. Patrono

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